domingo, 1 de abril de 2012

"MINHA INFÂNCIA GAY..".


Sei que vocês devem estar se sentindo sozinhos,
sei que é duro esse período onde reina o medo,
sei também que você questionará muito o amor dos seus pais, pois eles não te conhecem “realmente”,
sei que por mais que se esforcem para mudar seus trejeitos afeminados, sempre serão gays,
sei que sentem vergonha,
sei que pensam em suicídio,
sei que quanto mais vocês veem na TV piadinhas de gays, mais se enterram no seu segredo,
sei que não confiam em ninguém para contar seus segredos,
sei que tudo parece perdido,
sei de tudo isso e muito mais,
mas também sei que tudo isso passa,
também sei que vocês um dia encontrarão alguém como vocês para dividir todo esse amor que está aí,
também sei que muitos pais irão aceitar seus filhos e que outros irão os expulsar,
mas tenho certeza que tudo isso só vai te fazer mais forte,



mais humano,
mais vivo,
mais sexy,
mais lindo,
mais feliz,
e o melhor de tudo:
MAIS HOMEM!
UM HOMEM SEGURO, FORTE, SENSÍVEL, COMPLEXO, E GAY

sábado, 3 de março de 2012

Homossexualidade e Teologia Cristã


                                                    Cena da Peça Santidade, Sexo – Solidão e Culpa nas bordas da Fé

Há pouco tempo, o assunto “homossexualidade em relação à religião” tem explodido nas discussões midiáticas do Brasil, por isso muita gente já conhece o contrassenso que o tema evoca. Este embate se tornou fatigante e por isso não há mais validade em retroceder aos argumentos e esgotá-los num debate irritante; senão, é bom que haja alguma inovação. A igreja contemporânea tem pregado um evangelho medieval e se esforçado para que isso não mude, a não ser que seja uma mudança que envolva mais “fantasias emocionais” ou mais dinheiro. Quero dizer: a igreja, que diz apregoar o evangelho, tem deixado de cumprir o mesmo, impedindo que a palavra “se renove a cada manhã”. Ora, a aplicabilidade do evangelho dos tempos medievais não é para a sociedade contemporânea, assim como não se encaixaria nos tempos de Jesus – Tente não se assustar com isso, mas, antes, processe a informação com inteligência: Se a palavra de Deus é inspiradora (ao invés de ditadora), ela inspirará a sociedade segundo o seu tempo e contexto.
                O que a igreja tem pregado causa um desajuste social; no sentido em que a sociedade progride por sua cultura e a igreja tende a retroceder esta evolução, quando implica um pensamento de caráter medieval para seus seguidores.
                É com essa atitude (de retrocesso) que a igreja tem inventado tantos “modismos espirituais”, moralidades destoadas, lógicas incongruentes e muitas (MUITAS) falácias. Quando a igreja aponta as intempéries sobre a homossexualidade, a TEOLOGIA aproxima o seu olhar e contempla não haver apenas um problema moral com a diferença sexual – a teologia encontra a raiz do problema: diante do desenvolvimento cultural a igreja permanece infantil, carregada de fantasias e desinteressada em mudar esse quadro.
                O Deus que a igreja prega é distante, difícil de ser alcançado e repleto de contradições sobre amor, ódio e autoritarismo – por isso o fiel deve se submeter à igreja, para que seja mediado a Deus. Por sua vez, a igreja é cheia de normativas que amarra seus fieis, submetendo-os a uma “prisão espiritual” do qual não conseguem se libertar, assim a igreja não corresponde ao seu caráter libertador, pois, com suas doutrinas, prende o sentimento, o pensamento, a imaginação, a cognição e o corpo de quem por ela se deixa levar. Todas essas características de comportamento correspondem a de uma cultura medieval, que não são inovadores, nem livres, nem informados, nem midiáticos e nem conhecedores de si - sujeitos absolutamente diferentes dos atuais. Os dogmas das igrejas dificultam todo sujeito de raciocinar e, fora o entendimento doutrinal, para eles, nada mais há para se compreender.
                Estas são as ações da igreja e seu contexto, ela é evangelizadora, trabalha para a remissão do pecador e aprisiona o mesmo a si. Semelhante a “idade das trevas” (como era conhecido o medievalismo), a igreja não produz mais conhecimento e tão pouco progride no que leva consigo.
                Por outro lado, a teologia não é estagnada e nem presa a qualquer tempo do cristianismo; ela caminha lado a lado com a progressão do desenvolvimento humano e comina com a cultura e suas projeções fenomenológicas. A teologia pós-moderno afirma que a espiritualidade só pode ser compreendida mediante o próprio homem; por isso estuda o homem (e suas conquistas) para que haja algum conhecimento sobre Deus – a teologia não desmerece a igreja, mas sempre está a passos largos à sua frente.
                Deste modo, a teologia observa o homem a partir do próprio homem, e torna toda esta visão diferenciada do olhar eclesiástico – mas sem se perder da filosofia cristã. Logo, aquilo que há de mais importante é o homem, no qual destaca principalmente a sua alma. Ora, a alma nada mais é do que as características “não-físicas” de cada um de nós; isso envolve o pensamento, memória, sentimentos, cognição e outros elementos que nos fazem identificáveis como sujeitos. É este complexo sistema “não-físico” do homem que Deus tanto valoriza, que chama de alma, que é repleto de intenções e que é “objeto” de salvação.
                Todo ser humano possui alma; ela é uma sublimação do nosso corpo, “à imagem e semelhança de Deus” – ou seja, não material e absolutamente espiritual. Por isso, seja homem ou mulher; seja amarelo, pardo ou negro; seja oriental ou ocidental – não importa, se você é uma pessoa, você tem alma. Contudo, a historia nos conta que (por exemplo) antigamente diziam que as mulheres não tinham alma, eram consideradas desalmadas - imagine, as sensíveis mulheres não serem espirituais! Mas isso serve de exemplo para compreendermos que o entendimento do que se passa no “não-físico” do sujeito é algo difícil de ser compreendido culturalmente.
               Ora, os gays (homossexuais) sempre existiram nas sociedades. Grandes homens como P. Picasso era gay, Calígula, o grande filósofo Sócrates proporcionava iniciações sexuais para homens e, a partir disso, segue uma vasta lista que aponta diversos sujeitos e comportamentos gays na história – ser gay não é estranho. Destarte, a cultura judaico-cristã (conservadora) aponta a homossexualidade como uma quebra dos desígnios de Deus a partir do momento que não cumpre o “crescei e multiplicai”, ou quem sabe as antigas regras do “homem não se deitar com homem”.
            Os crentes fundamentalistas querem assegurar que a “palavra de deus” seja cumprida, contudo tropeçam em suas próprias palavras. A bíblia não é mais vista como “A PALAVRA DE DEUS”, ela CONTEM a palavra de deus; ela não é mais tida como ditadora ou orientadora – a bíblia serve unicamente como INSPIRAÇÃO. A prerrogativa de se viver uma vida cristã é que se saiba inovar a cada dia, quero dizer: É preciso se reinventar todos os dias através da inspiração da filosofia do cristianismo.
                A salada é misturada mais ou menos assim: A igreja está estagnada, com seus argumentos medievais tentando interpretar as escrituras com fidelidade e acabam gerando dogmas dos quais não conseguem escapar; se na igreja não há liberdade, é comum que este comportamento tenda a se transbordar a ponto de impedir a liberdade dos outros – isso não acontece apenas com gays. Desta forma, “apoiados” nas escrituras falam com tom acusativo, e não acolhedor, como deveria ser; e esbravejam sua culpa com a intolerância sobre o pecador (todos somos pecadores) – assim, aquele que se integra a igreja, o faz com sentimento de culpa social; pela desvalorização que sofre pelo evangelista. Fazem assim por não conhecerem e não suportarem outras formas de trabalho, pois a dor do cárcere “espiritual” que sofrem por ser cristãos (já que ser cristão é uma luta diária) precisam se expressar de alguma forma.
                Contudo a teologia começa a se expressar, ela vem com passos mansos e com carinho para anunciar um sussurro, para não assustar aqueles que a igreja já amedrontou.
               
  Há três pontos básicos que a teologia nos recorda: aceitação, graça e amor:
                - as escrituras trabalham bravamente com o tema da aceitação; utiliza o antigo termo ACEPÇÃO. Nada ecoa mais forte no ouvido dum teólogo do que as ritmadas palavras: Deus não faz acepção de pessoas! Se ele não faz, quem o faz? Os argumentos devem ser reduzidos, pois é incompreensível que se defenda tanto a “posição de Deus” e da família se isso não está sendo tão importante – digo: se um gay não é aceito por esses motivos, um filho agressivo também não deve ser aceito (no antigo testamento são infrações equivalentes); mas não é disso que o “novo testamento” diz, fala-se sobre aceitação, sobre não fazer distinção ou escolhas sobre com quem conviver – ninguém deu melhor exemplo disso do que o próprio Jesus.
                - a graça é um tema maravilhoso na bíblia; ela nos conta dum tempo que o ser humano não era tão desenvolvido como hoje e seu senso social era precário, por isso necessitavam de “ordens expressas de Deus” para viver em sociedade. Quando Jesus entra em cena, ele rompe com tudo isso e anuncia: Vocês podem viver livremente, sem leis, desde que tenham consciência e responsabilidade dos seus atos. É através dessa consciência que a filosofia cristã continua dizendo: privilegie o outro, pois você é o outro dele. Com o ensinamento da graça, aprendemos que devemos exercitar os bons sentimentos com o próximo, mesmo que não mereçam, pois isso é ser educado (quem é educado vive melhor socialmente). Apesar de elementar, é preciso falar disso antes de compreendermos sobre nosso principal tema: as leis do” antigo testamento” deixa de valer (naquele formato) quando o sujeito toma consciência e responsabilidade de seus atos – é a transmutação duma sociedade formal para uma sociedade LIVRE.
                - o amor é a peça chave de todo o cristianismo, não há aceitação ou graça sem o amor – e como diz o poeta bíblico: sem amor, nem a fé existiria. A bíblia nos inspira amar com nosso comportamento e com nossa alma e qualquer atitude avessa a esta não é de um cristão. Existem pessoas com problemas neurológicos que não conseguem amar (psicopatas), eles não conseguem “se por no lugar do outro” – por isso, amar é ter a graça de se colocar no lugar do outro, sem selecioná-lo, e ouvir a sua alma como se fosse a sua (era isso que Jesus fazia). Mas a igreja de hoje se comporta como os antigos fariseus: afirmam que tem o conhecimento das leis, mas não praticam empatia alguma.

               

                  A teologia compreende que a alma não tem sexo; e, também, compreende que a consciência do sujeito é o seu principal tribunal! Ao contrário da dedução teológica medieval, não há tribunais celestial, nem o olhar constante acusador de um deus ditador de regras, nem há necessidades de nos portar como uma criação robótica divina que não tenha vida própria – somos todos iguais por sermos da mesma substância de deus, mas, enquanto corpo, temos as nossas identificações, nossas variações e nossas preferências. A gente faz da vida o nosso melhor para viver, mesmo que isso não pareça o melhor nos olhos do outro, mas isso não é empecilho de amar ou ser amado.
                A inovação da teologia contemporânea é baseada na cultura, e sobre os gays é dito que não há problema algum, nem mesmo em referência às escrituras; aquilo é um emaranhado de assuntos complexos que às vezes deve ser interpretado por um profissional da área. Infelizmente a igreja não se permite divulgar essas boas novas – como dizem meus amigos pastores: Eu entendo a sua forma de amar (gay), mas se meus fieis não compreenderem a minha igreja fecha e eu seria “fuzilado”.
                A ontologia fenomenológica (na bíblia) nos faz entender que a “salvação” não está no sexo, nem no que se faz com ele (propriamente); a “salvação” se dá pelas nossas escolhas de vida e sobre como transformamos nossa alma a cada dia, digo: a salvação é aquilo que se faz do AMOR. Se há amor entre os gays, entre as lésbicas e bissexuais – este sério amor implica em graça e aceitação – o amor gera família e esta conjumina toda a sociedade.
                A teologia não enxerga a imagem capturada pela retina, ela contempla a imagem que se projeta na alma – ao ver dois homens se acariciando, observa duas almas se amando.

Jerry Adriano é teólogo e pedagogo; especialista em psicopedagogia; Professor de filosofia no Estado do Paraná; psicanalista em formação; pesquisador de ontologia, epistemologia, aprendizado e espiritualidade; também, ativista GAY.
  
               
               
               

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Constituição Federal Art 19, I da CR.


Presidência da República
Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos



TÍTULO III
Da Organização do Estado
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.


Opinião - Segregação - Holocausto - Homossexualidade

Não calamos JAMAIS.... Banheiro Para Homossexuais em Escola Estadual de Londrina-PR




Indico....Interessante Livro sobre Religiões e Homossexualidades




Lançado no dia 23 de março de 2011, o livro Religiões e Homossexualidades discute visões de lideranças católicas, evangélicas, judias e das religiões mediúnicas (tanto kardecistas quanto afro-brasileiras) sobre questões relacionadas à homossexualidade – especialmente sobre novas propostas jurídicas – como a homofobia, a polêmica do casamento gay, direitos previdenciários e adoção.
Em uma época em que movimentos religiosos fundamentalistas procuram impor seus valores a um Estado laico, e, ao mesmo tempo, movimentos sociais defendem direitos civis de homossexuais e a criminalização da homofobia, o livro apresenta reflexões importantes para a compreensão dos embates e negociações entre as agremiações religiosas e as comunidades LGBT. O livro é resultado de um ano de pesquisa apoiada pelo Ministério da Saúde brasileiro.



Brasil - Ministério Publico Federal Toma Atitudes de Estado LAICO!!!




Pastor Silas Malafaia defendeu “baixar o porrete” em participantes da Parada Gay; retratação deve ter, pelo menos, o dobro do tempo usado no comentário preconceituoso




A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo quer que o programa “Vitória em Cristo”, exibido pela Rede Bandeirantes, veicule uma retratação pelos comentários homofóbicos feitos pelo pastor Silas Malafaia, no programa de 02 de julho de 2011. Utilizando gírias de baixo calão, o pastor defendeu “baixar o porrete” e “entrar de pau” contra integrantes da Parada Gay. A retratação deverá ter, no mínimo, o dobro do tempo utilizado nos comentários preconceituosos. A ação foi proposta hoje e tramitará em uma das varas cíveis da Justiça Federal de São Paulo.

“Os caras na Parada Gay ridicularizaram símbolos da Igreja Católica e ninguém fala nada. É pra Igreja Católica 'entrar de pau' em cima desses caras, sabe? 'Baixar o porrete' em cima pra esses caras aprender (sic). É uma vergonha”, afirmou o pastor evangélico, durante o programa. A associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais protocolou reclamação no Ministério Público Federal, o que motivou a abertura, pela PRDC, de um inquérito civil público para apurar o caso.

No curso do inquérito, Malafaia explicou à PRDC que tinha feito uma “crítica severa a determinadas atitudes de determinadas pessoas desse segmento social, acrescida também de reflexão e crítica sobre a ausência de posicionamento adequado por parte das pessoas atingidas”. E defendeu que as expressões “baixar o porrete” ou “entrar de pau” significam “formular críticas, tomar providências legais”.

Para o procurador regional dos direitos do cidadão Jefferson Aparecido Dias as gírias têm claro conteúdo homofóbico, por incitar a violência em relação aos homossexuais. “Mais do que expressar uma opinião, as palavras do réu em programa veiculado em rede nacional configuram um discurso de ódio, não condizente com as funções constitucionais da comunicação social”, disse.

Durante o inquérito, Silas Malafaia pediu a seus fiéis, através do site “Verdade Gospel”, que enviassem e-mails em sua defesa ao procurador da República responsável pelo caso. Centenas de e-mails e correspondências foram, então, enviados ao gabinete de Dias. “Da mesma forma que seus seguidores atenderam prontamente o seu apelo para o envio de tais e-mails, o que poderá acontecer se eles decidirem, literalmente, “entrar de pau” ou “baixar o porrete” em homossexuais?”, questiona o procurador.

Dias afirma que, como líder religioso, Malafaia é formador de opiniões e moderador de costumes. “Ainda que sua crença não coadune com a prática homossexual, incitar a violência ou o desrespeito a homossexuais extrapola seus direitos de livre expressão”, argumentou. Por isso, a importância da retratação de seus comentários homofóbicos diante de seus telespectadores, além da abstenção de veicular novas mensagens homofóbicas.

A ação também é movida contra a TV Bandeirantes, a quem cabe evitar que outras mensagens homofóbicas sejam exibidas, além de veicular a retratação pedida pela PRDC. “A emissora é uma concessionária do serviço público federal de radiofusão de sons e imagens e deve compatibilizar sua atuação com preceitos fundamentais como o direito à honra e à não discriminação”, defende a ação.

“Ainda que haja a liberdade de culto e a liberdade de expressão, também previstas na Constituição Federal, a manifestação do pensamento não pode ser utilizada como justificativa para ofensa de direitos fundamentais alheios”, afirma o procurador.

A PRDC pede que seja concedida liminar para que Silas e Band sejam obrigados a se abster de exibir novas agressões verbais. Ao final da ação, uma vez condenados o pastor e a emissora, o MPF requer que o programa evangélico e a emissora sejam condenados a exibir, imediatamente, a retratação.

Dias lembra que a TV está presente em pelo menos 90,3% dos municípios brasileiros. “Trata-se de número enorme de pessoas expostas ou passíveis de exposição a manifestações de cunho homofóbico ou que incitem a violência de homossexuais”, afirma. Para ele, a demora judicial pode permitir que o réu continue “propagando tais mensagens, atentando continuamente contra direitos fundamentais de homossexuais”.

A ação também pede que a União seja condenada a, por meio da Secretaria de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, fiscalizar a referida exibição



Fonte: http://www.pgr.mpf.gov.br/

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Chegamos ao limite...CHEGA DE MORTES!


   
Há dez anos o filho de Marlene Xavier, uma das "Mães pela Igualdade", foi assassinado por ser gay. O assassino inclusive confessou a polícia em seu depoimento " Não suporto homossexuais". O assassino vem de uma rica e poderosa família e por isso, segue livre. Mesmo assim, Marlene busca por justiça.

A história de Marlene é comum no Brasil. E o país caminha a passos largos para se tornar o lugar mais perigoso para gays, lésbicas, bissexuais e trans. A violência segue aumentando e a ausência de legislação que criminalize a homofobia piora a situação.

Ajude a Marlene em sua luta por um Brasil mais tolerante e igualitário:



O Brasil continua sendo o campeão mundial em violência homofóbica. E somente em Janeiro deste ano mais de 36 gays e trans foram assassinados. Portanto, a história de Marlene é tristemente comum. 

Assista o vídeo de Marlene e ouça a sua história. Ela pede por 
http://www.homorrealidade.com.brjustiça, não só para seu filho Igor mas por tod@s aquel@s que foram brutalmente assassinados por quem não tolera diversidade sexual. 

Já pedimos ao Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo que dê a todos os brasileiros e brasileiras uma resposta do governo federal em relação a estes crimes de ódio. Agora, junte-se a Marlene Xavier para pressionarmos ainda mais o Governo por justiça. 

ORAÇÕES PARA BOBBY - TRAILER


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Homossexualidade, família, religião, relações sociais, afetivas e familiares


Homossexualidade, família, religião, relações sociais, afetivas e familiares




O Filme é recomendado para todas as pessoas, pois explica da melhor maneira possível a realidade de muitos homossexuais! Tanto o livro quanto o filme tratam da angústia do gay Bobby, que, desde os 16 anos, teve sua homossexualidade revelada para a família. Diante de muita pressão psicológica, se suicida aos 20 anos de idade, no ano de 1979. Até chegar a este ponto extremo, Bobby enfrentou o preconceito dentro de casa e as intervenções religiosas da mãe para afastá-lo do pecado. Não bastasse isso, ela submete o filho a tratamentos médicos. Sim, este é um filme que se conta o final, mas que não termina com a morte de Bobby, mas com tudo o que vem depois. E para a mãe Mary Griffith, o depois seria o inferno, pois seu filho teria cometido o pecado da homossexualidade!!

Filme baseado em Fatos Reais...

Bobby Griffith e sua mãe Mary Griffith

Bobby Griffith cresceu feliz e inteligente, um menino obediente e gentil. Na adolescência, descobriu sua atração por outros adolescentes de sua idade ou mais velhos e não por meninas. Por ser um devoto cristão ele estava muito consciente dos ensinamentos da Igreja que freqüentava juntamente com seu irmão, duas irmãs e sua mãe que ensinava na escola dominical. Por ter aprendido que ser gay era um dos piores pecados, ele acreditava ser um doente de corpo e deficiente de alma, que queimaria no inferno por toda a eternidade e que não era digno do amor de Deus. 

Incapaz de lidar, diariamente, com os conflitos e lutas tanto com a sua família quanto com a sua religião, Bobby pulou de uma ponte sobre uma movimentada estrada em Portland, Oregon, em 27 de agosto de 1983 e morreu instantaneamente devido às lesões internas. Seu diário pessoal foi preenchido com palavras de ódio contra si próprio, por acreditar, como homossexual, ser um instrumento do diabo. E ele acreditava porque a sua Igreja e família assim o ensinaram. Sem qualquer razão para viver, por ser amaldiçoado, não viu outra saída além de pular para a morte, mesmo o suicídio sendo também punido com o fogo eterno. 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Tema do Filme " Minha vida em Cor de Rosa"


Minha Vida em Cor-de-Rosa ensina convívio com as diferenças





Minha Vida em Cor-de-Rosa de Alain Berliner, conta as desventuras do garoto Ludovic (o ótimo Georges du Fresne). Ele cresce imaginando que nasceu no corpo errado: na verdade, acredita ser uma menina. Logo na primeira sequência, aparece em uma festinha promovida pelos pais para atrair a nova vizinhança em um lindo vestidinho. A impressão e o mal-estar não saem das cabecinhas dos vizinhos, que começam a pressionar e ridicularizar o garoto.
A rejeição se estende aos pais, aos colegas e a qualquer um que se aproxime de um sintoma de homossexualidade tão latente. Ludovic refugia-se do tormento em um mundo róseo, onde só cabem a boneca Pam, uma Barbie espevitada, e o apoio afetivo da avó (Helene Vincent).
O filme fez sucesso nos festivais gays e em mostras de cinema, embora não seja exatamente um libelo para as mocinhas enrustidas saírem do armário. Ainda assim, é um enfoque engraçado e acaba traindo uma mensagem edificante de convivência com as diferenças.

O pequeno George Du Fresne arrasa como o menino que pensa ser uma garotinha


Indicação de um grande Amigo - Juliano Bosa

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Alma de Adão, Corpo de Eva ... Alma de Eva, Corpo de Adão ..

                      


Sua imagem interna de si mesmo não coincide com a sua aparência física, seu sexo anatômico.


A Transexualidade sempre se apresentou como uma área nebulosa, quase nada explorada da sexualidade humana.

sábado, 21 de janeiro de 2012

João W. Nery por ele mesmo


Depois de 34 anos da cirurgia, me tornei um transhomem feminino, no sentido do que está palavra pode trazer de tudo de sensível e belo da nossa cultura. Mais que um anti-machista, continuo me permitindo o que muitos homens hetero ainda não conseguem

Livro - "Viagem solitária"

Sinopse: Viagem solitária conta a história de João W. Nery, o primeiro transexual masculino de que se teve notícia no Brasil. Especialmente dedicado a todas as pessoas que se reinventam para achar um lugar no mundo, narra a infância triste e confusa do menino tratado como menina, a adolescência transtornada, iniciada com a ¿monstruação¿ e o crescimento dos seios - que fazia de tudo para esconder -, o processo de autoafirmação e a paternidade. São muitos os personagens dessa história: de Darcy Ribeiro, considerado seu mentor intelectual e um dos primeiros amigos a compreenderem-no, a Antônio Houaiss, que, sendo um grande defensor das liberdades democráticas, recomendou seu primeiro livro para publicação, Erro de pessoa: Joana ou João?, do qual foi prefaciador. História de dramas, incompreensões e lutas, Viagem solitária é um livro tecido de dor e de coragem e que anuncia, talvez, um mundo menos solitário para os diferentes, para aqueles que não se enquadram entre as maiorias..




Saiba mais sobre : http://www.jwnescritor.blogspot.com/

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Maite Schnneider em : COMO CURAR UMA FOFOQUEIRA - CASOS E CAUSOS .


Maitê modelo e atriz

Olá neste domingo, dia 22 da Janeiro na Rede Globo, RPC - depois do Fantástico... assista ao programa Casos e Causos - onde Maite Schneider intrepreta uma fonoaudióloga.




Sinopse: Anézia ganhou o 'carinhoso' apelido de Fofa, por conta de seu gosto pela fofoca. Quando sua mãe fica gravemente doente, Anézia resolve suplicar a São Brás para que a ajude a se recuperar logo. Em troca, porém, terá que ficar um ano sem falar, de forma que não possa mais exercer seu amado esporte: a fofoca. Fofa faz de tudo para garantir que a promessa seja cumprida. Mas suas vizinhas e amigas fofoqueiras bobardeiam com informações 'quentes' que colocam à prova sua capacidade de ficar sem falar dos outros. E agora? Será que Anézia será capaz de cumprir essa promessa?


Conheça mais sobre Maitê : http://www.casadamaite.com/

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Cinema: Almodóvar e as novas formas de família



Não é de hoje que a ficção está intimamente ligada com a vida real, tornando o mundo em que vivemos uma inspiração para os dramas vividos no cinema. Portanto, "a vida imita a arte", célebre frase do escritor Oscar Wilde, pode se tornar verdadeira também quando considerada em seu inverso: a arte imita a vida. E é deste modo que o cineasta espanhol Pedro Almodóvar grava as suas películas: explicitando relações familiares de forma intensa, mesmo que a verdade doa (e geralmente dói). O diretor não tem medo de ousar e expor as diversas facetas humanas que, na vida real, muitos tentariam esconder. Ele destrincha as relações familiares em seus aspectos mais delicados e insiste em temas - recorrentes em seus filmes - que, infelizmente, ainda podem ser considerados tabus por algumas pessoas: as novas configurações de família.

Em seu mais recente filme, "A pele que habito", Almodóvar toca, dentre outras, na polêmica questão da mudança de sexo, e nos faz refletir sobre a liberdade de escolha. 


"Primeiramente, essa decisão parte do indivíduo. A mudança de sexo é um direito previsto na Constituição Federal do Brasil, ou seja, qualquer pessoa capaz, acima de 21 anos (Resolução CFM 1955/2010) e desconfortável com sua anatomia genital, pode realizar a cirurgia", explica o advogado Ronner Botelho, assessor jurídico do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM). Hoje, no Brasil, é possível realizar a cirurgia de transgenitalização pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita. 

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Modelo transexual está na disputa pelo título de Miss Inglaterra



Jackie Green se tornou a mais jovem transexual inglesa após fazer uma operação de mudança de sexo na Tailândia em seu aniversário de 16 anos. Agora, aos 18, Jackie foi convidada por olheiros que não sabiam de sua história a participar do Miss Inglaterra, noticiou o site do The Sun. A aspirante a modelo quer usar a oportunidade para falar sobre bullying e transexualidade.

"Fiquei impressionada quando os olheiros me chamaram. O Miss Inglaterra é um concurso de muito prestígio. Eu adoraria ganhar. Eu tenho tanta chance quanto qualquer outra mulher", disse Jackie.

O desejo de Jackie de trocar de sexo vem desde os 4 anos de idade. Aos 10 anos, ela já tinha cabelos longos e usava uniformes femininos para ir à escola.


Aos 12, sua mãe, Susie, levou a menina a uma clínica nos Estados Unidos para que começasse a tomar hormônios e interrompesse a puberdade. O próximo passo foi fazer uma segunda hipoteca da casa para pagar a mudança de sexo, que custou cerca de R$ 75 mil.Por causa de bullying, Jackie chegou a tentar o suicídio cinco vezes.

"Eu tenho que agradecer a minha mãe. Ela salvou minha vida", declarou.